terça-feira, 5 de abril de 2011

O crente e o crido

Eu sou crente.

Como esconder?
Como negar?
Como evitar?

Não tento evitar.
Não tento negar.
Não tento esconder.

Por que esconderia?
Por que negaria?
Por que evitaria?

Eu creio...

E se creio, sigo.
E se sigo, me canso.
E se me canso, paro.

Eu paro...

Quando paro não descanso.
Quando não descanso me desespero.
Quando me desespero ele me espera.

Eu me desespero...

Desesperado não o alcanço.
Não alcançado ele me busca.
Alcançado sigo crendo.

Eu sigo.
Eu creio.
Eu sou crente.

8 comentários:

Alexandre de Sá disse...

Legal, Gil! Cruz credo. Creio na cruz.
;)

Wesley Cunha disse...

Boa! Pode crer!

Susan disse...

Caraca! Como você consegue escrever essas coisas?? Incrível!

Muito bom... pra variar!

=)

Susan disse...

Aliás, o comentário acima foi feito por mim: Rômulo! =)

Carol disse...

Tocante. Não foi difícil me identificar...

Mara Lilia disse...

Se acompanho , amo, se amo leio sempre, se leio sempre acompanho, se acompanho , amo.
Viu, acho que estou aprendendo.rsrsrsrs

Carolina Souza disse...

Muito boa a poesia, Gil!

Gileade disse...

E se crê, não evita e não esconde, ecreve. E lindamente.